Pesquisadores do Geisinger Health System, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo método para prever o risco de transtorno de estresse pós-traumático ou PTSD (sigla em inglês). De acordo com o artigo publicado na revista General Hospital Psychiatryo, a abordagem é fácil de ser administrada e parece superar os modos convencionais de triagem.
Depois de coletar informações de mais de 2.300 adultos após o ataque terrorista ao World Trade Center, ocorrido em 11 de setembro de 2001, o pesquisador Joseph Boscarino e o coautor Charles Figley da Tulane University, nos Estados Unidos, examinaram os fatores clínicos que poderiam prever as chances de uma pessoa desenvolver PTSD. Estes incluíram exposições ao estresse, recursos psicossociais, sintomas de depressão e pensamentos suicidas.
A partir dessas análises, a equipe desenvolveu uma ferramenta simples de previsão com 10 itens, a New York PTSD Risk Score, que reúne os principais sintomas do transtorno de estresse pós-traumático, ou seja, sintomas de depressão, estado de saúde, distúrbio do sono e traumas. Os resultados mostram que a ferramenta é altamente eficaz em predizer o risco de PTSD após exposições traumáticas em diferentes populações clínicas.
A condição pode resultar em mudanças no estado de saúde e comportamentos de saúde alterados, tais como abuso de álcool, tabagismo e estados psicológicos alterados, bem como o aumento da ansiedade e da depressão. "Fora de hospitais e clínicas, a triagem do PTSD não é feita rotineiramente. Acreditamos que a pesquisa pode ajudar a mudar isso no futuro. Estamos planejando pesquisas adicionais para serem usadas nas avaliações", observou Boscarino.