Pesquisadores da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, estão recorrendo a novas abordagens para evitar a Síndrome da Morte Súbita Infantil. Liderado pela professora de genética Susan Dymecki, um grupo de pesquisadores se concentrou em neurônios produtores de serotonina, observando como ratos se comportam em um ambiente normal quando seus neurônios de serotonina são desligados. Utilizando uma técnica não-invasiva, sem anestesia ou cirurgias, os pesquisadores chegraram a resultados que apoiam estudos anteriores.
"Ao desligar a células produtoras de serotonina, podemos ter uma ideia definida de quais funções corporais são controladas por essas células. Essas descobertas e as novas ferramentas em neurociência nos ajudarão a entender o papel dos neurônios serotonérgicos em muitas doenças humanas", disse Dymecki.
Um transtorno particularmente relevante para esses achados é Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI). Os resultados foram publicados na última edição da revista Science. Os pesquisadores acreditam que este trabalho pode ajudar a compreender melhor os mecanismos subjacentes da SMSI em seres humanos.
Descobertas recentes do laboratório de Hannah Kinney do Hospital Infantil de Boston sugerem que os bebês com SMSI podem ter uma deficiência de serotonina em circuitos do tronco cerebral. Tais deficiências podem ser relacionadas a níveis elevados de dióxido de carbono, respirado por bebês enquanto estão deitados de bruços.
Dymecki, juntamente com colegas de Dartmouth e da Universidade de Iowa, estão agora investigando a maneira com que os neurônios serotoninérgicos influenciam funções vitais em camundongos jovens que estão na faixa etária comparável com a de crianças em risco de desenvolver a morte súbita. Eles também planejam utilizar esta plataforma genética para desligar subconjuntos de neurônios serotoninérgicos, o que permitirá compreender melhor o funcionamento específico da serotonina em outros transtornos.
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