Um anticorpo envolvido em um potente medicamento de quimioterapia para destruir seletivamente as células de leucemia linfoblástica aguda (ALL) erradicou ou reduziu significativamente a doença em 61% dos 46 pacientes em um estudo de fase II. É o que relatam pesquisadores da Universidade do Texas MD Anderson Cancer Center, nos Estados Unidos.
"A taxa de resposta de mais de 50% nesta população de pacientes provavelmente faz do gemtuzumab inotuzumab o agente único mais ativo contra ALL", afirmou o investigador sênior Hagop Kantarjian.
O medicamento, também conhecido como CMC-544, se liga a um anticorpo que tem como alvo a CD22, proteína encontrada na superfície de mais de 90% das células ALL, e o agente citotóxico caliqueamicina. Uma vez que a droga se conecta ao CD22, a célula da ALL a engloba e morre.
Segundo Kantarjian, combinações de segunda linha da quimioterapia usada para ALL têm tipicamente uma taxa de resposta completa entre 20-30%.
Os pesquisadores afirmaram que o uso do novo remédio é seguro e que quase todos os efeitos colaterais foram de baixo grau (1-2) e gerenciáveis. Febre induzida por drogas foi o efeito colateral mais comum, atingindo valores mais altos em nove dos 48 pacientes.
Dos 46 pacientes avaliáveis para resposta, nove tiveram uma resposta completa, 14 tiveram resposta completa sem recuperação completa das plaquetas e 5 tinham menos de 5% de blastos em sua medula, sem recuperação da contagem de sangue.