O medicamento possui ação específica no combate às inflamações de base da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Ele atua como terapia parapela aos medicamentos sintomáticos. O Daxas ajuda a diminuir as chamadas exacerbações, crises responsáveis pela rápida progressão da doença, piora da qualidade de vida, morbidade e mortalidade dos pacientes.
A DPOC diminui a capacidade de respiração e a maior parte dos pacientes apresenta falta de ar, tosse e/ou catarro, além de sintomas comuns a outras doenças respiratórias, como a asma, o que dificulta o diagnóstico preciso.
" A doença evolui a partir do agravamento das exacerbações, que vão acontecendo com maior frequência e intensidade. Sendo o tratamento dos sintomas feito por via inalatória, faltava uma medicação oral para atuar na inflamação, como terapia concomitante. Estamos falando de um medicamento inovador que age na inflamação específica da DPOC, tratando a doença de forma assertiva e suprindo uma necessidade negligenciada anteriormente" , explica José Roberto Jardim, médico pneumologista da Universidade Federal da São Paulo (Unifesp).
As pesquisas para o desenvolvimento do roflumilaste, princípio ativo da droga, começaram na Alemanha há cerca de 20 anos. "É o único medicamento que atua diretamente na inflamação, reduzindo o número e a intensidade das exacerbações que os pacientes sofrem. Prevenindo exacerbações, estes doentes podem ter melhor qualidade de vida." , afirma Renata Campos, diretora do laboratório responsável pela fabricação do produto.
No Brasil, um estudo revelou que somente 16% dos casos de DPOC são diagnosticados corretamente, o que prejudica o início do tratamento ainda na fase inicial. Estima-se que até 2020, esta doença será a terceira maior causa de mortes no mundo, de acordo com a OMS. A previsão é baseada em um somatório de fatores relacionados a um estilo de vida pouco saudável, muito comum em centros urbanos, e que combina tabagismo, poluição do ar, má alimentação, sedentarismo e situações de estresse.