Uma recente pesquisa do Hospital Infantil de Boston detectou uma proteína como possível marcador biológico de apendicite em exames de urina realizados com crianças.
A suspeita de inflamação do apêndice gera frequentes casos de intervenção cirúrgica de emergência. Dados revelam que até 30% dos procedimentos realizados são desnecessários.
Os testes, liderados pelo diretor do Proteomics Center do Hospital Infantil de Boston, Richard Bachur, analisaram 18 amostras de urina de 6 de paciente com apendicite, antes e depois da operação. O mesmo procedimento foi realizado com 6 crianças saudáveis.
A princípio, foram identificados 57 tipos de possíveis marcadores biológicos, incluindo várias proteínas associadas à reação contra inflamações.
Na segunda fase dos estudos, foram analisadas 67 crianças que deram entrada no hospital com suspeita de apendicite nos últimos 18 meses. Entre elas, 25 estavam com a inflamação. A partir desses números foram encontrados 7 possíveis marcadores, destacando-se o leucine-rich alpha-2-glycoprotein (LRG), em que os níveis eram mais elevados em casos de apendicite.
Embora o marcador ainda não seja confiável, outra dificuldade encontrada foi o fato de a espectrometria de massa não estar amplamente disponível clinicamente.
Também foram detectadas elevações do LGR na urina, o que sugere que um rápido teste clínico pode ser desenvolvido a partir de uma investigação mais aprofundada.