Pacientes com câncer de cabeça e pescoço que nunca fumaram têm taxas de sobrevivência maiores após a terapia de radiação do que os pacientes com história de tabagismo, concluiu a nova pesquisa da Universidade da Califórnia (UC Davis), em Davis (EUA).
O estudo de Allen M. Chen e colegas da Oncologia da radiação e da Otorrinolaringologia na UC Davis está entre os primeiros de seu tipo a examinar as diferenças de prognóstico baseado na história de tabagismo em pacientes com câncer de cabeça e pescoço tratados com radioterapia.
O estudo, publicado no American Journal of Clinical Oncology, concluiu que pacientes com história de tabagismo foram mais propensos a morrer de sua doença e tiveram maior probabilidade de sofrer uma recorrência após terapia de radiação do que aqueles que nunca fumou.
"Há algo especial sobre a biologia dos cânceres de cabeça e pescoço entre os não-fumantes que os torna mais propÃcios para a cura pela terapia de radiação", disse Chen. "Estes tumores derretem após algumas doses de radiação. Se pudéssemos entender o porquê, haveria implicações importantes para os novos medicamentos e tratamentos".
Chen aponta que uma possÃvel explicação para a diferença na resposta à radiação é o papilomavÃrus humano (HPV), uma doença sexualmente transmissÃvel que tem sido bastante associada com câncer de cabeça e pescoço em pessoas que nunca fumaram.
"A teoria mais comum é que esses tumores expressam um antÃgeno viral caracterÃstico na superfÃcie da célula que faz com que o sistema imunológico reconheça os cânceres mais facilmente, o que pode aumentar os efeitos da radiação", disse ele. "Outra teoria é que os pacientes que nunca fumaram