Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Virginia, nos Estados Unidos, liderada pelo especialista Ronald Turner, descobriu em um estudo nacional, que desinfetantes à base de álcool não reduzem significativamente a frequência de infecção pelo vírus da gripe, ou pelo rinovírus.
No estudo, os voluntários que usaram um desinfetante antiviral para as mãos a cada três horas, tiveram 42 infecções por rinovírus em 100 indivíduos em comparação com 51 infecções em 100 indivíduos de voluntários que não utilizaram nenhuma intervenção especial. Da mesma forma, os voluntários que usaram os higienizadores tiveram 12 infecções de gripe em cada 100 indivíduos em comparação com 15 infecções em 100 indivíduos do grupo controle. Os pesquisadores também descobriram que o desinfetante para as mãos não reduziu significativamente a frequência de doenças causadas por estes vírus.
"Estes resultados sugerem que a transmissão manual pode ser menos importante para a disseminação do rinovírus do que se acreditava anteriormente", disse Turner. "O estudo também sugere que a proteção contra a infecção por esses vírus pode exigir maior atenção à transmissão aerossol do vírus. O aumento do uso de máscaras pode ser aconselhável."
A lavagem ou desinfecção das mãos é geralmente recomendada para a prevenção de doença respiratória viral. Estas recomendações são baseadas principalmente em estudos que demonstraram a viabilidade da transmissão da infecção pelo contato direto.
Turner recomenda que a medida que se aproxima a estação de gripe, as autoridades de saúde pública devem ser vigilantes sobre a propagação de vírus e prestar atenção a uma grande variedade de medidas para prevenir a transmissão.