Cientistas dos EUA identificaram um hormônio que estimula a produção de células beta, responsáveis por fabricar insulina, em ratos. A descoberta pode levar a novos tratamentos para o tipo mais comum de diabetes no futuro.
As pessoas têm a sua própria versão desse hormônio, e o novo trabalho sugere que fornecer mais desse hormônio aos diabéticos pode ajudá-los a evitar injeções de insulina.
"Isso lhes daria um melhor controle de seus níveis de açúcar no sangue", afirma o autor da pesquisa Douglas Melton, da Universidade de Harvard.
O trabalho foi publicado na revista Cell.
Estima-se que 371 milhões de pessoas no mundo têm diabetes, que ocorre quando a insulina não consegue controlar os níveis de açúcar no sangue. Açúcar elevado no sangue pode levar a doenças cardíacas, derrame e danos aos rins, olhos e sistema nervoso.
Pelo menos 90% do diabetes é "tipo 2", e alguns destes pacientes têm de injetar insulina. Segundo Melton, o hormônio recém-identificado algum dia poderia capacitá-los a parar de utilizar injeções de insulina e ajudar outros pacientes diabéticos a evitá-las.
Melton e seus colegas demonstraram que o hormônio betatrophin é capaz de aumentar a produção de células beta no organismo de camundongos.
Quando eles fizeram o fígado de ratos secretarem mais hormônio pela inserção de cópias adicionais do gene, o tamanho da população de células beta triplicou em comparação com os ratos não tratados. Os testes indicaram que as novas células funcionaram normalmente.
A equipe ainda não sabe como o hormônio funciona. Agora, eles querem criar uma forma injetável que pode ser testada em ratos diabéticos. Se tudo correr bem, os testes em pessoas poderiam seguir com bastante rapidez.